O câncer é uma doença que ocorre quando as células do corpo do gato começam a se multiplicar de forma incontrolável. Esses milhões de células, ao ficarem aglomeradas, formam um tumor, que pode ser ou benigno ou maligno.
Tumores podem prejudicar o funcionamento correto dos órgãos do gato, comprometendo assim a saúde do bichano. Por isso tumores devem ser tratados assim que forem detectados.
Tumores benignos são bem menos agressivos do que tumores malignos e tem menores chances de se espalhar para outras regiões do corpo. Já tumores malignos crescem rapidamente, em alguns casos chegam a se espalhar para outras regiões do corpo, ocorrendo assim a metástase.
O câncer em felinos pode atingir qualquer célula ou região do corpo. É mais raro, porém não impossível, aparecer câncer em gatos filhotes (um exemplo é o linfoma). É muito comum vermos casos de câncer em gatos mais idosos.
Quais os tipos de tumores malignos mais comuns em cães e gatos?
Existem muitas variações de câncer em gatos, assim como existem vários tipos de câncer em humanos. Não podemos afirmar que nenhuma raça seja mais vulnerável ao câncer, apesar de existirem alguns estudos que dizem que gatos de raças orientais são mais vulneráveis aos linfomas felinos. Gatos brancos são mais vulneráveis ao câncer de pele (Carcinoma Espino celular) quando expostos ao sol, por causa da sensibilidade da pele deles.
Muitos médicos veterinários afirmam a importância de passar protetor solar em gatos brancos. Esses gatos tem mais probabilidade de desenvolver câncer de pele felino, principalmente nas pontas do nariz e também nas pontas das orelhas. Gatos malhados, na parte branca, também têm problemas com a exposição solar. Hoje em dia existem protetores solares específicos para uso em pets.
Os tipos de câncer mais comuns em gatos são os linfomas e os de pele. Linfoma é um câncer que atinge os linfonodos, nódulos linfáticos ou gânglios, que ficam espalhados por diferentes regiões do corpo do gato. Por causa do maior índice de vacinações contra o vírus da leucemia em gatos, o nível de linfoma em gatos novos está diminuindo. Em contra partida, o índice de linfoma em gatos mais velhos está aumentando, por causa, principalmente, do aumento da expectativa de vida dos bichanos.
O tratamento mais comum para linfoma em gatos é a quimioterapia. Existem vários tipos de tratamentos e remédios de quimioterapia para linfoma, dependendo do estágio de desenvolvimento da doença no gato. Sempre consulte seu veterinário de confiança para procurar o melhor tratamento para seu gato.
Os tumores malignos de pele (carcinomas cutâneos) estão entre os cânceres mais comuns, principalmente em cães e gatos mais idosos. São mais comuns nos animais de pela muito clara, com pouca pigmentação e mais freqüente em felinos que em cães. A área mais afetada costuma ser a face. Os sarcomas (tumores malignos provenientes do tecido muscular, adiposo e ósseo) são também de incidência relativamente alta.
No Brasil, são mais freqüentes em cães que em gatos. Os tumores de origem ligada à formação de células sanguíneas (tecido hematopoiético), também acometem tanto cães como gatos, sendo mais comuns as leucemias e os linfomas. São comuns nos gatos infectados pelo vírus da leucemia felina (FeLV). Dentre os tumores menos freqüentes, encontramos os tumores do sistema nervoso.
Os tumores mamários são muito comuns em cães e gatos. Há uma gama enorme de tipos histológicos que acometem os cães, porém na maioria dos casos são tumores benignos. Já nos gatos, a maior parte dos tumores são malignos e altamente agressivos.
O tumor de mama é o segundo mais comum em cães e o mais comum em cadelas. Acometem, no geral, animais mais velhos (com cerca de 10 anos de idade), de preferência em animais que possuem todo o seu aparelho reprodutivo (inteiros) e animais que foram castrados após numerosos cios. Não há uma preferência por raça, todas estão sujeitas a esta neoplasia.
Em gatos, ocorrem menos do que em cães, ficando em terceiro lugar. Animais velhos (cerca de 10 e 12 anos) e animais inteiros são geralmente os mais afetados, e gatos Siameses podem ter maior risco que outras raças.
O aparecimento desta neoplasia está relacionada com a produção de hormônios femininos, como o estrógeno e a progesterona. Em cadelas, o risco para o desenvolvimento do tumor mamário está relacionado com o número de ciclos estrais da cadela, aumentando consideravelmente a cada ciclo estral. Já em gatas, esse risco aumenta em até sete vezes em fêmeas inteiras comparadas com fêmeas castradas na puberdade.
A administração de alguns progestágenos pode aumentar o risco de desenvolvimento de tumores mamários benignos em cães, enquanto que em gatos o uso destes hormônios pode aumentar o desenvolvimento de tumores tanto benignos quanto malignos. Assim como nos seres humanos, os tumores de mama possuem receptores de estrógeno e/ ou progesterona, sendo que quanto maior o número destes receptores, menos maligno ele é.
A melhor maneira de prevenir câncer mamários e de útero é a castração. Há infinitas campanhas de castração e a informação sobre os beneficios estão disponíveis para todos.
Os tumores benignos são classificados em:
- Adenoma simples
- Adenomas complexos (tumores benignos mistos) ou também chamado de tumores mesenquimais benignos
- Fibroadenoma, também conhecido como tumores benignos mistos, os quais são o tipo mais comum de tumor benignos em cães
Aproximadamente 90% dos tumores mamários malignos são carcinomas e estes são classificados da seguinte maneira:
• Sólidos: lençóis de células densas
• Túbulas ou lobular: proveniente de alvéolos
• Papilas: proveniente do epitélio ductal e ocorrendo como ramificações papilares ou císticas
• Anaplásicos: muito pleomórficos e com ausência de padrão definido.
Os tumores benignos não sofrem metástase, mas há a tendência de cadelas em desenvolver tumores múltiplos. Entretanto, os tumores malignos podem se comportar de maneira benigna ou muito maligna, sofrendo metástase rapidamente para linfonodos locais e pulmões.
Estas neoplasias podem ser múltiplas ou única, sendo palpáveis como nódulos ou massas dentro das glândulas mamárias. Alguns carcinomas inflamatórios agressivos podem apresentar aumento mamário difuso, edema e ulceração. É raro em cães e comum em gatos dificuldade de respirar devido à metástase pulmonar.
O diagnóstico pode ser feito através do exame clínico e palpação, mas deve ser feita a confirmação com o auxilio de algumas técnicas de diagnóstico, como exames de sangue, raio-x, aspiração com agulha fina (FNA) e biópsia do tumor.
SINTOMAS
Protuberância ou área inchada em qualquer parte do corpo da sua mascote. Se o seu gato tem um nódulo não significa que seja cancerígeno, mas não há forma de saber com segurança que não o seja, por isso, o veterinário deve avaliar a sua natureza e ver se é necessária uma biópsia ou exames preventivos.
Mau hálito ou maus cheiros. Pode apresentar mau cheiro não só na boca, mas também nas orelhas ou em qualquer outra parte do corpo. Deve ser visto imediatamente, uma vez que os cânceres de boca, nariz ou regiões anais podem provocar muito mau cheiro.
Problemas gastro intestinais. Diarreias, vômitos ou dificuldade em urinar ou em defecar.
Além disso se o seu gato tem o abdômen inchado ou distendido poderá ser um sinal de acumulação de secreções anormais.
Feridas que não se curam ou qualquer tipo de secreção. Se o seu gato tem feridas que não cicatrizam ou que não chegam a se curar, vá ao veterinário imediatamente para que o examine.
- Perda de apetite/peso. A perda de peso repentina e sem motivo aparente, juntamente com outros sinais, ou se deixa de comer sem nenhum motivo. Vá ao veterinário e comente o que acontece com seu gato.
- Tosse ou dificuldade para respirar. Se o seu gato tosse ou tem uma respiração anormal pode ser causada por uma doença cardíaca, doença pulmonar ou também por câncer que se pode propagar pelos pulmões. Por isso é imprescindível ir ao veterinário, se notar estes sinais, para que o mesmo verifique o que se passa com o seu animal de estimação.
- Letargia ou depressão. Se nota que o seu gato tem uma atitude diferente, dorme muito mais, não brinca ou não tem vontade de fazer nada, pode ser um sinal a ter em conta.
- Pele irritada, ou pelo sujo porque não tem interesse em se limpar.
- Evidência de dor. Se vê que algo se passa com o seu gato, que lhe dói alguma coisa.
Se o seu gato apresenta qualquer destes sinais não significa que tenha câncer, mas de fato algo não está bem. Assim sendo, deverá recorrer ao seu veterinário para que o mesmo faça uma avaliação da saúde do seu gato.
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TRATAMENTO
Eu sou totalmente contra eutanásia. Penso que devemos lutar até o fim, porém a decisão deve ser muito bem avaliada. A casos em que o gatinho não tem mais progresso e está com dores e sofrendo muito.
Há tratamento e este pode ser de dois tipos: paliativo ou curativo.
O tratamento paliativo visa minorar o sofrimento do animal, quando não perspectiva de cura. Visa aliviar a dor, corrigir disfunções que comprometam a qualidade de vida do bichinho. Pode envolver também cirurgias, no caso de obstruções de qualquer natureza ou dor intensa. A eutanásia é recomendada nos casos em que o tratamento paliativo não consegue minorar o sofrimento do animal e este tem a sua qualidade de vida comprometida, mesmo com os cuidados médicos-veterinários.
O tratamento curativo pode envolver cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia.
A cirurgia, quando possível, é o melhor tratamento e oferece maior índice de cura (com exceção para as doenças do sistema hematopoiético). Essa deve não só remover o tumor maligno, mas também o tecido aparentemente são em volta dele, inclusive os gânglios linfáticos próximos à lesão. Infelizmente, muitas das cirurgias para tratamento do câncer são mutilantes.
No tratamento de quimioterapia, o animal tem que ser monitorado com exames de sangue semanais, para se verificar qual está sendo a ação da droga no organismo e se o tratamento pode ser continuado. Todo esse monitoramento, associado aos medicamentos, dietas especiais, etc., tornam o tratamento bastante oneroso. Durante a terapia, não há queda de pelos em animais com pelagem curta, podendo isso ocorrer em pequena proporção em cães e gatos com pelos longos.
Outros efeitos colaterais gerais são observados, como vômitos, diarreia, falta de apetite, perda de peso. Alguns podem ser aliviados com uso de medicações. Alguns efeitos colaterais mais sérios devem ser observados, como alterações no músculo do coração ou nos rins e são específicos da utilização de determinadas drogas – cisplatina e doxorrubicina.
O tratamento baseado em quimioterapia antineoplásica em medicina veterinária é relativamente recente no Brasil, e sua prática tem sido incentivada pela observação de respostas objetivas ao tratamento, sem, contudo, induzir efeitos colaterais graves. Em oncologia veterinária, a qualidade de vida do paciente é considerada mais importante que a cura da doença. Dessa forma, é possível elaborar protocolos de tratamento menos rígidos e personalizados, que são apoiados e satisfazem a grande maioria dos proprietários.
Também existe a crioterapia, que consiste no congelamento de determinadas células neoplásicas, causando a sua morte. Não é indicada para todos os tipos de tumores malignos, podendo ser utilizada em pequenas lesões de pele ou nas mucosas.
Deve-se sempre levar em conta a importância do diagnóstico precoce. A cura depende do início precoce do tratamento. Levar o animal com frequência ao veterinário pode muitas vezes salvar a vida do animal.
ALIMENTAÇÃO
Eu sou a favor da alimentação natural para animais, fiz até um post falando sobre alimentação aqui. As rações possuem todos os nutrientes necessários para uma dieta balanceada para seu gatinho, porém quase todas as rações disponíveis no mercado são feitas com grãos transgênicos. Há estudos que mostram que grãos transgênicos são cancerígenos e devido a isso os animais idosos apresentam câncer de algum tipo.
A alimentação natural além de mais saudável pode auxiliar no tratamento contra câncer.
As rações com componentes transgênicos começaram a ser lançadas no mercado americano na década de 1990, e posteriormente aqui no Brasil. Desde então, nossos pets se alimentam com essas rações que achamos que é o melhor alimentos, já que poucos estudos científicos aprofundados estão sendo ministrados, à respeito dos possíveis efeitos colaterais. Mas as evidências estão surgindo.
Uma pesquisa francesa, acompanhou em 2012 um grupo de ratos que se alimentou com sementes de milho de uma famosa produtora por dois anos. A pesquisa chegou a ser refutada por um periódico científico grande, e causou polêmica na época, mas acredito que o estudo foi administrado de forma séria e chegou a resultados convincentes.
Eles observaram um aumento de duas a três vezes na incidência de tumores em fêmeas, e tumores mais precoces e maiores nos machos, em relação ao grupo que se alimentou de grãos tradicionais. Deficiências graves nos rins, fígado e sistema endócrino também foram identificadas no grupo tratado com os modificados.
Os danos também foram atribuídos ao efeito residual do herbicida Roundup, usado complementarmente no cultivo de determinadas sementes. O objetivo da pesquisa foi levantar os riscos aos seres humanos devido às similaridades entre a nossa biologia e a dos ratos, considerando as diferentes expectativas de vida.
Segundo a pesquisa, a modificação genética altera o conteúdo nutricional do grão, reduz a presença de fito nutrientes, eleva o nível de toxinas potenciais e propicia alterações no RNA graças à instabilidade genética das sementes.
A pesquisa observou a redução de desordens relacionadas aos rins e trato digestivo quando o animais em observação retiraram a dieta com grãos modificados. Por outro lado, os efeitos colaterais podem ser causados apenas pela alta porcentagem de grãos contida nas rações, o que historicamente não é o alimento natural para animais predominantemente carnívoros. (Clique aqui para ler a pesquisa)
Há pesquisas que mostram a melhora que animais doentes(com outras doenças também) tem melhoras significativas cquando mudam a alimentação para comida natural. Os resultados provam que uma alimentação balanceada ajuda a combater doenças, previne o mau hálito, diminui a queda de pelo, reduz o volume das fezes e melhora a qualidade de vida do animal, já que torna o momento da refeição mais prazeroso.
Nunca tive um animal com câncer, mas a minha Lucy come comida natural desde pequena e está sempre disposta, com o pelo e os olhos brilhantes. Não consigo fazer com que ela não coma mais ração, pois há nutrientes que a ração possui que não consegui encontrar em farmácias próximo a onde moro.
Lembrando que a qualquer alteração de comportamento do seu animal procure o veterinário de sua confiança.
Fonte:http://animais.umcomo.com.br/articulo/quais-sao-os-sintomas-de-cancer-no-gato-7402.html
http://www.cachorrogato.com.br/gato/cancer-gatos/
http://idmedpet.com.br/saude-de-a-z-caes-e-gatos/cancer-um-mal-que-tambem-assola-os-animais-domesticos.html
http://dicaspeludas.blogspot.com.br/2011/07/cancer-em-caes-e-gatoso-que-voce.html